
Ana D. Kley
PERFECCIONISMO CLÍNICO

O perfeccionismo clínico apareceu na literatura, pela primeira vez, num artigo de 2002, na revista Behaviour, Research and Therapy.
De acordo com Shafran, Egan e Wade (2010), envolve tanto o estabelecimento de expectativas de desempenho excessivamente altas, quanto o esforço para alcançá-las. Elas são auto-impostas e continuamente buscadas, apesar desse processo causar problemas e prejuízos. Neste modelo, a noção de valor próprio se baseia quase exclusivamente no nível de esforço investido e em quão bem estas altas expectativas são alcançadas.
Podemos descrevê-lo, de forma geral, como um funcionamento cíclico que é composto por elementos cognitivos, emocionais e comportamentais, que cria e mantém níveis variáveis de insatisfação. Ele pode ser tanto encontrado em transtornos mentais, como depressão e transtornos alimentares, como na população que não apresenta sintomas de severidade suficiente para que um diagnóstico seja estabelecido, mas que já relata algum nível importante de sofrimento emocional.
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Por Ana Carolina Diethelm Kley
Psicóloga - Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental
Docente e Supervisora Clínica no Centro de Terapia Cognitiva Veda - SP
Referências:
1. Shafran, R., Cooper, Z. & Fairburn, C. G. (2002). Clinical Perfectionism: a cognitive behavioural analysis. Behaviour Research and Therapy.
2. Shafran, Egan e Wade (2010), “Overcoming Perfeccionism, A self-help guide using Cognitive Behavioral Techniques”, ed. Constable & Robinson (tradução do trecho utilizado neste artigo foi feita por Ana Carolina Diethelm Kley).